sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

onde eu deveria estar?

"- Mesmo que aqui eu não faça nada além de trabalhar, passo em frente aos locais que eu deveria estar frequentando..."
.
assim tive a ideia deste post. em uma prosa solta antes do almoço, pulou a frase citada acima e me fiz a pergunta: onde eu deveria estar? a idade ainda não me avançou, mas estive em vários lugares. sem ordem cronológica, sem ordem de importância, sem ordem alfabética...estive em meio a uma reforma de escola na minha infância e descobri o que camadas de tinta podem fazer escondendo obras de arte deixadas décadas atrás...estive estradas que me encheram de reflexões e, em tardes infinitas, me fizeram a companhia ideal...estive em uma rua bem pequena, descobrindo a infância nas mais inocentes brincadeiras...estive em cidades que me marcaram para sempre...estive ao lado de alguém mais velho que me ensinou muito mesmo sem mesmo ter ido a escola...estive em uma escadaria, numa tarde inesperada, sem imaginar que estava proporcionando um bem estar em alguém...estive em um local silencioso e ali encontrei risos que me fizeram rir...posso falar um pouco mais desse lugar silencioso? claro, o texto parece deslizar sem culpas mesmo....então estive em um lugar silencioso e acabei me conhecendo mais do que imaginava...gostei da pessoa que encontrei em mim...ali encontrei tons, toques, sentimentos que me dão novo sentido aos dias....estive em silêncio, ouvindo muite gente descobrindo seu futuro...estive em um local com sombra, com árvores que me fizeram levitar quando suas folhas resolveram cair sem permissão...
.
mas onde eu deveria estar?
.
quanta pretensão.
.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

páginas e saudade


Agora. Agora mesmo, não antes, nenhum segundo depois. Bateu uma saudade daquelas que parecem rasteiras fulminantes. Daquelas que nos deixam no chão, com cara de sem saber o que foi, mas com a mente em sorrisos, como se o mesmo chão que nos segurou agora nos abraçasse, nos confortasse na mais perturbadora maciez. Quantos sorrisos encontrei desde que saí de casa. Saí de casa não hoje pela manhã, mas desde que deixei o quarto montado por meus pais, minha cama e meus brinquedos? Já são tantos anos, parecem vidas cada um desses dias, sem exagero. Quantos passos caminhei em direção ao que era meu? Cada passo não foi pensado porque a vida vai mostrando que, quanto mais traçado o roteiro, mais o vento se encarrega de modificar linhas e reconstruir formas de bem estar.

Se fôssemos contabilizar quilômetros em forma de aprendizado, eu poderia afirmar que já sei o bastante, mas não é assim que funciona. Quilômetros serviram para pensar, observar rostos, direcionar placas em moldes de sentimentos que nem sempre foram os mais desejados, mas que se mostraram feito páginas. Páginas em branco, páginas apagadas, páginas rascunhadas, páginas rabiscadas, páginas passadas a limpo...páginas que nos dragam ou nos convidam, como preferir. Páginas e saudade.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

tudo só está começando...





Preferi começar em 2010 ao invés de terminar em 2009. Até porque este espaço terminou bem o ano que passou. Bela seqüência de fatos, sócia! Os meus, preferi guardar, por alguns dias. Trouxe mesmo um banco e uma sombra. Talvez seja mais leve começar assim esse ano novo. Pensei em reflexões, mas que sabedoria tenho para desvendar paixões e confusões de uma caixa de sensações? Ou serão mesmo sentimentos? Descobri muito, mas ainda me parece ser nada. Senti o chacoalhar na árvore que me sentava, mas me afirmaram que não precisava me preocupar. Note o silêncio que faz ali. Ou será ai dentro? As palavras não estão se encaixando. Mas esta janela permite tantas seqüências, já foi tão buscada...essa janela ofereceu abraços e causou o mais terno dos carinhos, se é que existe vários deles...não quero me alongar, tudo só está começando.