terça-feira, 30 de novembro de 2010

gente (3)*

xxxxxxxxxxx
mormente em manhãs
dissiparam o roteiro

sobressaltos no real
romperam o casuísmo

céticos ao sol
compartilharam erros e enganos

saídos de si
menoscabaram o tempo
xxxxxxxxxxxx
* amantes, palhaços, gourmets

Gente (2)*


Sorriram (banguelas)

Deitaram (ao sol)

Correram (das sombras)

Tomaram (tarjas preta)

Souberam (depois)

Esperaram (a solução)

Arderam (incertos)

Mastigaram (volúveis)

Dormiram (justos)

Morreram (felizes)
* observados em pátio psiquiátrico ou à beira do cosumismo de final de ano. tanto faz

gente (1*)


.........................................................
entraram
carregaram o lixo
deixaram sorrisos
partiram em silêncio

amanhã voltarão
com o mesmo empenho
a mesma eficiência
a mínima razão
nenhum questionamento
(1* - que carrega o lixo cuspido sem critério)
.........................................................

O S R E V N I



é um dia de primavera. mesmo que pareça verão. é noite, mesmo que o silêncio seja idêntico ao daquela tarde. o sol é tórrido, mas a sombra pode mesmo amenizar miolos moles. eu tinha a certeza de que sabia tanta coisa sobre tanta gente, no mesmo instante que percebi que boa parte do meu coração e da minha cachola ainda sobrava um considerável espaço. eu jurava que na instante do meu encontravam-se LPs de todos os gêneros, mas percebi que na mesa ao lado existe um refrão para cada estado de espírito.


e as leituras! revistas pareciam, na adolescência, literatura universal...quando descobri que Mario Vargas Llosa é quem toca de fato meus neurônios, que Saramago me ensina termos e encaixes textuais e que "As meninas", da Lygia F. Telles, é uma perfeita aula de história.


em uma manhã de domingo, alguém foi embora e parece que me arrancou da inocência, me jogou de forma brusca no universo adulto. ah! sem traumas, que bom seria se todo mundo perdesse a inocência da forma que perdi.


quando enchi a mochila de uns poucos panos e muito sentimento e fui conhecer o mundo, mal sabia que ainda faltava tanto, mal conhecia o que há de belo no céu cinza, o que tem de bom no que era desconhecido. é bom saber que ainda tem muito espaço por aqui.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010




I am just a poor boy

Though my story's seldom told

I have squandered my resistance

For a pocket full of mumblessuch are promises

All lies and jests

Still a man hears what he wants to hear

And disregards the rest

When I left my home and my family

I was no more than a boy

In the company of strangers

In the quiet of the railway station running scared

Laying low,Seeking out the poorer quarters

Where the ragged people go

Looking for the places only they would know

Lie la lie...
Asking only workman's wages

I come looking for a job

But I get no offers,

Just a come-on from the whores on Seventh Avenue

I do declare,There were times when I was so lonesome

I took some comfort there

La, la, la,

Now the years are rolling by me, they are -[rockin evenly]-

I am older than I once was

And younger than I'll be that's not unusual.

No it isnt strange after changes upon changes

We are more or less the same

After changes we are more or less the same

Lie la lie...
Then I'm laying out my winter clothes

And wishing I was gone

Going homeWhere the New York City winters

Aren't bleeding meleading me, going home

In the clearing stands a boxer

And a fighter by his trade

And he carries the reminders

Of ev'ry glove that layed him down

Or cut him till he cried outIn his anger and his shame"I am leaving, I am leaving"

But the fighter still remains

Lie la lie...

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

procuro palavras


então fica assim, o blog perdeu, o espaço diminuiu. as palavras correram pelo ralo...sujeira virou o que era estrofe, sombra se transformou o que era...nem sei


então tenho agora que me virar, a meta foi pro espaço, o segundo alargou, o minuto expremeu, alguém me chamou e pediu para apagar uma infeliz coincidência...nem sei


então não terei tantas palavras ou imagens para suprir tudo em tão pouco tempo, mesmo que minha cabeça tenha permanecido em vc desde ontem a tarde...nem sei


interrogações, uma onda delas parece que chegou até aqui...procuro palavras