sexta-feira, 30 de setembro de 2011

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Toca-te?

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

de uma despedida

"Se depois de eu morrer, quiserem escrever a minha biografia,
Não há nada mais simples.
Tem só duas datas - a da minha nascença e a da minha morte.
Entre uma e outra todos os dias são meus".
(Fernando Pessoa)

Com estas palavras, e outras tantas, nos despedimos ontem do nosso tio Nivaldo, irmão do meu pai. Uma despedida longa, indescritivelmente triste, mas ainda assim bonita, muito bonita. Abraços que não sabemos calcular e que trocaram acima de tudo as intenções de que algumas coisas continuem.
Num único dia, vi várias pessoas se modificando por dentro, readequando alguns sentimentos, experimentando outros e, em especial, descobrindo que algumas tragicidades tiram a tinta de páginas cheias de caos anteriormente importantes. Manifestações de vida diante de uma notícia de morte.
Homenagens e tantas lembranças contadas pelas pessoas que puderam conhecê-lo de perto e absorver lições dos modos um tanto debochados. Hoje penso que é dele que herdei o sarcasmo. Debochava ele da vida? Talvez...mas é certo que debochava da morte, que não deve ter conseguido convencê-lo. Ele foi quando quis.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

persegue


Quem persegue é a vontade, essa velha insistente. Não se esqueça, é ela o maior dos meus males - ou dos prazeres.
Bateu em meu portão tantas vezes que nem sei se existe ou se a criei. A vontade que me acompanha nas folhas da agenda deixando-a gorda de intenções. Enquanto isso, as folhas seguem brancas, intocáveis sem notícias suas.
A vontade que envolve as roupas e as fazem amarrotadas e largas, enquanto o perfume do que lhe pertencia não acusa mais sequer uma passagem sua.
A vontade, esta velha insistente que me toma os dias desde que você tomou o medo.
O medo persegue? Imagine...quem persegue é a vontade.
Quando invade a minha casa - todos os dias, sim - vem com seu desastrado ramalhete de esperanças murchas - não pelo tempo, mas porque, encharcadas das tantas possibilidades, pesaram, já não se ajeitam, ficaram desleixadas.
Muitas vezes, eu não as deixo entrar. Pra quê? São tantas e tão iguais que o que fazer com outras mais?
A vontade. É ela quem me persegue.

sábado, 10 de setembro de 2011

Eu te proponho

Eu te proponho um trabalho em conjunto, onde eu cresça e você se reconheça em algo bom em mim. Eu te proponho agarrar o medo com bastante força, ou distraí-lo com alguma coisa, enquanto você passa.
Eu te proponho fazer todo o meu esforço para vencermos a barreira mais importante. E te proponho acordar mais cedo, para que eu te beije e te escreva alguns bilhetes.
E prometo guardar teus bilhetes. Eu sei o quanto isso parece difícil.
Mas eu te proponho pensar que tudo pode sim mudar. E que pra sempre é muito tempo para se ter medo, rancor ou fraqueza. Eu te proponho ainda várias coisas mais.
Eu te proponho conversarmos. Te proponho a franqueza e o descarte de tudo que evitou ser dito. E eu te proponho ser sincera. E te surpreender. Eu sei, eu sei o quanto isso pode ser difícil pra você.
Mas eu te proponho o esforço. E te proponho não te deixar pegar no sono no colchão da sala nas noites de domingo, enquanto assisto programas de humor de mal gosto. E eu te proponho não passar tanto tempo dormindo, enquanto você tenta me acordar pra deixar um bom dia. Eu te proponho esquecer meus brincos todas as noites em que eu chegar cansada, pra que no outro dia você tenha a certeza de que eu ainda estou ali. Eu sei o quanto isto pode ser difícil até para você ler.
Mas eu te proponho juntar meus pés aos teus de novo, e fazê-los encaixados como se nunca dali tivessem se desgrudado. E prometo dirigir um pouco pra você - eu aprendi muitas coisas neste tempo, mas outras deixei para aprender contigo. 
Eu te proponho fazer você aprender a tocar uma música que você me deve há alguns anos. E te proponho viajarmos menos, e vermos mais o sol, nem que seja da janela. Minha janela continua sem vista pro sol, e a sua eu sei que continua fechada. E eu sei também, não pense que não, o quanto isto pode ser difícil pra você.
Eu te proponho nunca mais deixar você estar cansado demais para dançar um bolero bem devagar ao fim de todo dia corrido. E deitar de leve sobre as suas costas até você dormir, ao final de cada dia pesado de trabalho. E eu te proponho aquele amor que dizia a canção que você me mandou: o amor eterno. Por mais difícil que possa vir a ser todas as coisas pra você, eu te proponho dar um primeiro passo rumo a um tempo em que, para todas as coisas do mundo, só importe você e eu.

Amanda Reis


sexta-feira, 2 de setembro de 2011

um pouco sobre esses tempos e um pedido renovado


e por falar em dia frio, quando volta a esquentar? sim, porque frio, gelado, dá na mesma que algo que falta na próxima página, apesar de muita gente gostar mesmo é quando faltam as emoções. ou pior, tem gente que gosta de viver na base do sabido, da mesmice, garantida noite hipócrita de sono a ter que dar a si mesmo uma realidade que valha a pena.
por aqui tá tudo bem. tudo bem de fato. aprendo a lidar com o que possam conceituar de problema, revertendo no mais nobre dos sentimentos. sigo adorando letras e as sacudidoras de palavras, aquelas pessoas que sabem o que é incitar o desejo e o não sabido só com o toque do trocar de letras e versos, embaralhamento de sílabas e outras tantas possibilidades de integrar-se à realidade de forma fantasiosa.

aprendi essa semana um pouco mais sobre tecnologia, um pouco mais sobre amizade, um pouco mais sobre diversidade.
descobri quão sábia é a integridade, descobri quão divertidos são os sorrisos mais ingênuos e quão mais ingênuos são aqueles que nos ouvem. bom saber que ouvir continua sendo uma tarefa saborosa, inteligente, sagaz.
levante a cabeça. não posso imaginar-te curtindo o chão.