quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

sorte a nossa


Esse post começou assim: hj é aniversário de uma pessoa que não vejo desde 1996. E que durante anos desejei rever. Não sei onde estalou que me lembrei da data, fiz as contas de quantos anos estaria completando e minha curiosidade foi mais longe que á agua do banho seguindo ralo adentro. Me deu um aburda vontade de rever. Como estaria, de corpo e alma? Desde 1996, conheci tanta gente, minha vida mudou tanto que, sem essa pessoa do lado, não fez a menor diferença. Ou como anda na moda: tudo ao contrário. Imaginei o rosto, mas como simplesmente desapareceu, tenho a lembrança de seus 17 anos...sorriso um tanto inocente, corpo a definir-se. O que diria sobre minha vida de hj? e o que diriam dessa pessoa que simplesmente sumiu? E quando digo sumiu, sumiu mesmo. Pode cansar-te à toa no google e redes sociais, nenhum rastro. As vezes ainda busco, engraçado, mas já me disseram que a insistência é dos meus mais marcantes traços. fato é que essa lembrança me deu vontade de postar, mas não seguirei nesse rumo.
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enfim é o fim, finalmente, de 2011. de 2010, do ano em que recuperei minhas forças, guardo uma voz, ao telefone, no final de dezembro,,,pra nunca mais.
2011 seguiu como tantos outros? nunca será como tantos outros. nenhum dos anos. tente repetir a dose de um bom ano e, antes mesmo do carnaval chegar estará derrotado. o ano é novo sempre, desde que começam os fogos e ganhamos o primeiro abraço no badalar da meia noite. momento mágico, talvez o segundo mais longo, o que tem a capacidade de parar o ponteiro por um tempo que nem mesmo definição tem. porque queremos abraçar tanta gente na meia noite do ano novo, tantas palavras e fotos que, da forma mais justa, o relógio dá-se o direito de sentar e observar. o relógio, esse inesgotável companheiro, comove-se e, em silêncio, descansa, porque ninguém está mais de olho nele. comemoram porque a alma precisa renovar-se em janeiro. nada de discurso ufanista, porque as mazelas não dormem e serão nossos despertadores da forma mais incansável e implacável, todas as manhãs, mas devemos um sorriso à meia noite do primeiro dia do ano. é singelo, é simbólico, é sábio.
2011 renovei abraços e sorrisos. confidências e conhecimentos. tensões e paixões. surpresas e sensações. sabores, desejos, prazeres, esperas, silêncios, tons. percebi que a natureza do ser humanos tem algo a mais do que um corpo que envolve ou é envolto por uma alma. percebi que algo bem maior está por perto, explicando o que um dia mostrou-se confuso.
sorte a nossa. Feliz 2012!

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

A arte é que imita a vida


- [olhando pro teto] engraçado lembrar que eu comecei a vir aqui pra reconquistar o fulano, né...

- E depois?

- [surpresa] Ah...depois pra entender o que era aquilo tudo que eu sentia.

- E depois?

- [risos] Pra achar um jeito de tirar aquele sentimento de mim...porque passou muito tempo e estava me fazendo mal, eu não aguentava mais.

- E depois?

- [séria] Depois pra ser uma pessoa melhor, me preparar, pra quando aparecesse alguém que realmente entrasse no meu caminho.

- Hum...Talvez eu te dê alta quando você estiver namorando com você."

(Algumas terapeutas são só de conversas. Outras são de prosa e poesia).