terça-feira, 14 de agosto de 2012

metades e amizade





Eu fico boba, ele vira fração. Peço uma análise e ele só me manda passear. Quero falar de bobagem e levo bronca. Sempre essa relação esquisita de metade bom com metade ruim. Metade insano(a), metade brisa.
O blog tá sempre metade quente, metade frio. Metade paixão, metade tédio. Metade poesia, metade bobagem. Sempre confusão.
Um sócio é figura como eu, inconstante de tudo, menos da amizade. 

Metade, metade. Saudade. 

mais do mesmo. menos de tudo


sou da opinião de que generalizações, sobre qualquer que seja o tema, empobrecem o discurso e inviabilizam o diálogo. ainda mais quando carregadas de tom pejorativo, preconceito, divagações históricas ou outro elemento limitante. há séculos a ciência descobriu que, se baseasse seu percurso em metodologias ou objetos de pesquisa amplos, perderia o foco, o que resultaria em um percurso insustentável, frágil. então partiram para o microscópio, seja nas ciências da terra, médicas, sociais aplicadas. e passaram a olhar de perto, sintetizar, especificar, olhar a fração, o elemento, o átomo, a partícula, cada palavra, como se a parte fosse a única maneira de revelar o todo.

mesmo nas artes, a receita parece ser essa. cada nota, forma o ritmo, cada tom, uma canção. cada passo a coreografia, cada ato um enredo e assim por diante.

mesmo no divã, a receita parece ser essa. cada fato um conceito, cada sentimento uma razão, cada silêncio uma solução.

mesmo nos esportes, a receita parece ser essa. cada passe um esquema, cada armação uma sistema de marcação, cada gol um guia para o campeão.

mas agora pela manhã, constato que saber muito, de tão pouco, por vezes me deixa mudo, sem ação. décadas se vão e eu cada vez mais específico e, de repente, o mundo questiona, quer alguém mais genérico, mais geral, mais abrangente. onde estão meus companheiros de fração?



sexta-feira, 10 de agosto de 2012

modifique




se tua alegria é feita de silêncio, a minha não. a distância pode não significar nada, mas quem sabe pode tornar-se o definitivo. quem sabe? a felicidade que vem de tão pouco por vezes me atormenta e me deixam apenas interrogações...interrogações que por vezes me enfadonham e deixam transparecer uma alma por demais incógnita. ou é o contrário?

se uma janela significa um lugar por onde consegue rir e satisfazer a existência de um desencontro, paciência. muita. nem sei se saberei esperar. nem sei se quero. o jogo de palavras talvez não seja mais um potencial que me satisfaça. cansei dele ou tenho receio de usá-lo da melhor forma. o que é melhor? o conceito de melhor, ou pior, depende do ponto de vista, ou do grau de endurecimento que você condiciona cada poro, na mesma medida que aceita o encarceramento das sensações que plenamente te fizeram rir e brilhar sem censura.

tudo isso não está feito, escrito, para entender, mas para ser modificado.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

sneakers, slippers, spikers...

É, pessoal....tá na hora de ter um manual de sobrevivência da moda 2012! Tanta coisa "esquisita" chegando que a gente vai ficar cada vez mais perdida, não?
Como isto aqui não é blog de moda, e sim de bobagem, vai uma relação do vocabulário atual da moda - afinal, tem que saber se comunicar, né?

Sneakers: são os tênis com salto, mas com uma plataforma embutida; me lembra pés de astronautas.
Slippers (ou loafers): sapatinhos simpáticos que podem ser primos da sapatilha e do macassim.
Spikers: os ferrinhos de rebite pontiagudo em forma de pirâmide que invadiram acessórios e roupas, e que antes eram só da "galerinha do mal" e dos amantes do rock'n roll.
Skinnys: já mais familiares aos nossos ouvidos, não? São as calças de perna estreita, de corte reto, jeans ou de tecidos diversos, como o de aspecto de vinil, e que são vestidas como leggings, justas até o calcanhar.
Mullets: são as saias com a calda mais longa que a barra da frente - esquisitona.

Enfim...podem ir decorando o trava-línguas da moda: sneakers-slippers-spikers-skinnys...

Exceto o slipper (que gosto muuuito e tenho e curto usar) e as calças skinnys (encomendei duas com textura de vinil e veremos no que vai dar!) acho todo o resto muito, mas muuuuuito esquisito mesmo.
E como as febres da moda contagiam todo e qualquer espaço, já vejo faltarem as opções que fogem à regra, então....ótimo período para economizar na compra de roupas!

Reflexo



Acabo de perceber...
Tem feito comigo o que com ele eu insisto em fazer.
Você começa, sem pressa, caminha.
Eu fico nessa de orgulho, na minha.

Acabo de perceber...
Você tem feito comigo o que eu espero de você.
Você insiste, se esforça, realiza.
Eu fico nessa dureza, na espreita, na birra.

Você tenta. Eu quero. Você quer, comigo. Eu tento, com ele.
Você dá um passo que eu já dei. Não me alcança. Eu não alcanço.
Telefona e eu atendo. Você tem coragem - eu...não ligo.
Você pede desculpas, perdão, resposta. Tolera, insiste, suaviza, desespera.
Você acerta, acha que é erro, desculpa-se, retoma.
Você tem coragem - eu...não ligo.

Você me escreve, me pede, repete, arrisca. Espera, respira, remove.
Você acerta, enquanto eu erro; se atira e eu na redoma.
Você tem coragem - e eu nem digo.
Você escancara, recua, reflete, refaz.
Eu estudo, reflito, me calo, insinuo. Você avança. Sou salto pra trás.
Você tem coragem - eu...não ligo
Você tem coragem - e eu, nem isso.