quarta-feira, 26 de setembro de 2012

a vida envolve envolta de volta

ando com a vida envolta na volta do ponteiro. estar com a vida em sua plenitude pode ser bom ou ruim. estar com vida até a tampa pode representar não ter mais tempo pra nada, teclas e roteiros definidos, compromissos, metas e horários. amigos não. estar com a vida em cada troca de ar pode ser o máximo que alguém pode desejar, sorrisos, abraços, noites bem proveitosas, manhãs de silêncio e prosa. qual caldo de vida vc quer tomar? seria de fato feliz se optasse por apenas uma das alternativas de vida atér o último fio de cabelo?
 
fato é que tenho um pouco de cada e por vezes quero a outra opção. provavelmente essa seja a graça da vida, mas saberei somente no final da estrada. até lá a vida me dará novos caminhos e buscas, novas mãos para caminhar, o mesmo sorriso puro e reconfortante.
 
vida, por poucos segundos me deixe... para depois me arrastar por aí.
 

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Eu não posso fazer



O que você imagina você pode fazer. Eu é que não posso. Eu já vivi até aqui de imaginação. O que você imagina só você pode fazer - não eu, que já terminei todos os livros e discos sobre como te trazer. O que você imagina que eu te peça, só você pode fazer. E se eu te peço ou não já não é resposta de se achar aqui - eu não tenho nada a dizer/sentir/amar a este respeito.
Toda vez que chega o escuro momentâneo ou seu dono - eu não sei qual deles te domina, sequer quanto te visita - você sente ódio por eu não te perguntar neste exato instante o que você está louco para responder. Toda vez que chega o escuro - geralmente acontece aos domingos, ou você pensa que eu não notei? - você se entrega à raiva por eu não dizer aquilo que você não cansou de ignorar. Eu não posso alimentá-lo nos horários exatos em que sente fome, porque eu não convivo sequer com a sua imaginação.
Assim nenhum dos dois nunca ganhou. E você tem perdido ou se perdido faz um tempo, que eu sei sem ver nem ouvir. Eu sei porque eu te conheço, e eu prevejo seus nervos tentando disfarçar. Eu te vejo um pouco antes de você abrir seu pensamento para isso. Não, não sou eu quem te instiga, eu somente chego um pouco antes do sinal que você vai fazer de tudo para não mostrar. Você o cria e tenta apagá-lo, como raio já disperso jurando querer voltar. Você finge que escapa e que sorri. Eu finjo que não vi.
Ontem a noite para mim foi a sua semana retrasada. E o seu amanhã eu já vivi. Porque quando não se tem a companhia certa - aquela que a gente já sabe faz tanto tempo que é a única certa - a gente vive mesmo é de alucinações do agora e do nunca.
"De outros carnavais, com outras fantasias"....eu sempre te conheci antes mesmo de você.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

um post para não dizer


Passando para passar. Passando só por passar.
Tanto faz passar ou não.
Quando não se sofre, nem se busca, nada se tem a postar.
A paz, essa coisa invasiva que a gente convida tanto e depois estranha, não nos deixa vocabulário.
Um misto de alegria com nostalgia. De um tempo em que se tinha tanto pra dizer.

PS: sócio, sexta darei uma volta por Sampa como se estivesse contigo.
Acompanhe-me de onde estiver.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

quanto de

quanto de saudade ainda cabe nessa ventania de setembro? ventania, setembro, tarde, sol...caberia uma composição pra quem sabe, mas eu não sei. quanto ainda é igual ou precisa ser igual? mas perceba, na diferença é que vejo graça. quanto de silêncio ainda falta pra que o sorriso seja pleno e doce, sábio e forte?

quanto de água cabe em um gole? depende da sua sede, ou da sua mágoa, ou de seu senso de praticidade. Ah! eu olho a minha volta e o vento parece me descontrolar...quanto de abraço cabe em um olhar? tudo bem, um olhar não abraça, mas pode muito mais que isso.

quanto de infância cabe em uma aventura? depende do quanto você aguenta correr até que suas canelas acusem o esforço ou mesmo suas pálpebras desmontem seus membros e seu corpo e mente peçam um colchão. ah! então cabe pouco de infância?

quanto de roupa cabe em uma mala daquele que volta? pouco, porque ele volta? ou tudo, porque ele um dia pensou que não voltaria? Depende. do frio, da saudade, da água e da infância. depende da temperatura que prefira para medir sua felicidade