quinta-feira, 3 de março de 2016

notas de observação



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Era um cinema, virou igreja

Era um supermercado, virou igreja
Era tão religiosa, virou puta


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Tinha medo de exame de sangue

Picava lhe a alma
Tinha medo de errar o troco, era caixa 
Só não temia sujar os ouvidos da plateia na sala de espera
(Sobre uma secretaria inoportuna)


...


Falava com o motorista 
Berrava com seus alunos
Cochichava no trabalho
Futucava almas vizinhas 
Em casa, cozinhava. Mais nada.