sexta-feira, 20 de julho de 2012

dormi bem


            foto: Céu de Outono | Campo Grande-MS | Crédito: Carol Canton

Confesso. Gostei de saber que moro na sua insônia. Espero que goste de saber também que me acompanha nos momentos de silêncio. Na estrada, no final da tarde, quando o céu está vermelho, lá no começo do outono, minha mente parece construir sua imagem no horizonte e então abandono a sensação de estar só. Tempo e espaço parecem não ser sinônimos de distância. Respiro fundo e volto a ler cada letra sua. É tão saboroso...

Ontem a noite foi inevitável apagar as luzes e me deitar, como quem desperta um botão de rewind no coração. Me entreguei às memórias das mais diversas. Cada lembrança veio acompanhada de dezenas de perguntas, mas preferi ficar flertando as imagens e deixei interrogações de lado. Ah! As imagens que formavam-se e diluíam-se feito nuvens,  por minutos foram acompanhadas por canções...pude mesmo sentir seu perfume...pude mesmo me encantar diante do efêmero...

Dormi bem e, na estrada de novo, me permiti acreditar que algumas daquelas promessas continuam valendo

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