Bastou para mim uma frase. A frase que me enviou no meio do dia, quase meio-dia, no dia em que eu me perguntava quais as chances que eu teria de descobrir a tempo.
Bastou. Você acende.
Como eu não havia pensado nisso?
Árido como a extensão do calendário em dias em que não te vejo. E eu já perdi as contas de quanto tempo faz, porque eram meses mas agora já devem ser muito mais.
E então você me acessa.
Árido da falta de tintura nas paredes. E das frases que não concluo ao olhá-las deitada de olhos abertos e peito estrangulado de lembrança.
Estrangulado de vontade de lembrar.E então você me irrompe.
Três minutos de pranto a tantas tentativas de chuva.
O pranto estanca a sede de todos os dias em branco.
Você me deflagra.
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