quarta-feira, 2 de março de 2011

Saudade em cores


Porque a saudade que me dá é colorida, penso que gosto de você.
Nas tardes cinzas que se fazem quase noite, eu vejo lonas de circo amarelas e azuis, e muitos palhaços dançando sem maquiagem.
E porque chove, penso que gosto de você. E porque faz sol, também.
E então prefiro a chuva, porque o barulho da chuva é como sons repetindo "saudade, saudade, saudade". Uma saudade para cada pingo. E os palhaços dançam sem maquiagem, porque não precisam das tintas quando felizes, felizes, felizes...
E porque chegam notícias azuis, penso que gosto de você. Mas quando chegam negras, eu tenho certeza.
E então prefiro os dias nos quais te vejo, mas gosto dos que você não está, porque estou, e tenho você nessa saudade colorida
Porque me dá esse gosto de groselha na boca, penso que gosto de você. E quando acordo assustada no meio da noite e sinto tonturas, também.
E porque lá fora é como se nunca mais nada fosse mudar de tom, tenho certeza que, aqui dentro, tudo é calmaria e sons baixinhos, e que gosto mesmo de você.

À você, que eu gosto tanto.

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