terça-feira, 5 de abril de 2011

'justifico'

Antes, um diálogo

P(essoa) - sumiu mesmo hein?

P(essoa) - vamos a sampa?

(Eu) - vc tem bola de cristal?

(Eu) - eu comecei a escrever uma "justificativa" para o me sumiço, ia publicar no blog

(Eu) - agora nao sei mais

(Eu) - vai parecer mentira minha

(Eu) - ontem tive insônia e comecei a pensar em algo que justificasse pra mim mesmo meu sumiço

(Eu) - ai conclui que meu coração definitivamente passou a racionalizar meus atos...imagina, um coração racional, o cúmulo do paradoxo!!!

P(essoa) - uaaau

P(essoa) - escreva lá, please

(Eu) - mas é isso mesmo, a cabeça passou a querer algumas coisas, mas o coração expele uma especie de ordem impedindo que o corpo faça bobagens e deixe ele (coração em paz)

P(essoa) - sim...maturidade forçada

P(essoa) - a gente não gosta mto se ficar sem molecagem...mas as vezes a cabeça manda

(Eu) - não sei, só não quero mais que minha boca grande atrapalhe mais ninguém, muito menos meu coração

(Eu) - parece dramalhão esse negócio de coração, mas não é não. é uma especie de auto defesa e de proteção aos que adoro. o coraçao resolveu pensar mesmo, ou voltou a endurecer, como todo mundo diz e acho que até gosta

P (essoa) - rsrsrs

P(essoa) - mtos gostam de corações mais endurecidos e de poucas cores

P(essoa) - eu gosto só se for por um tempo, até ele poder se jogar de novo nas cores mais improváveis

P (essoa) - ando bem racional tambem....sem sair, só trabalhando e vendo filmes...e está mto bom isso

(Eu) - rs (nem sei se dou risada)

P(essoa) - ah.....e ontem peguei um livro emprestado (e achei BATATA pra minha fase "não faço ideia do que eu quero e isso é ótimo") - nada de autoajuda, e sim pesquisa de um psiquiatra sobre a coisa da pessoa procurar outra (coisa/um escape) quando antes precisaria ter refletido sozinha e aprendido a ser completa

P(essoa) - aaai aaai...rrsrsrs

P(essoa) - vc se ausentou, fiquei inventando firulinhas

(Eu) - melhor, por enquanto ... prometo que volto, talvez cole essa conversa, ok?

P(essoa) - yesssss





Depois, um desabafo (sei lá se é desabafo)

Eu estava com uma baita vontade de dizer que estava mesmo era sem saco. O tempo tenho destinado à ciência, da mais nobre às mundanas. E outras paixões que descobri nos últimos dois ou três anos. E dessas paixões os sentimentos parecem brotar e inverter a ordem de cada dia. Quando menos percebo, tem lágrimas de novo, mas de alegria. Será que mereço? Creio que sim. E você, com motivos de sobra, se afastou também. Natural. Ultimamente não trago nada de bom, não falo nada de produtivo, deixei de ser algo que nunca fui. Toda essa mudança de comportamento, cara P(essoa), garanto, foi um conjunto de estratégias de auto defesa. E se me defendo, permaneço centrado. E se estou centrado, apenas saboreio em sonhos o que um dia sonhei de olhos abertos. E se fica no sonho, não perturbo mais. E o processo tem ocorrido de forma gênica, membrana após outra, em sentido inverso. Do coração, para a mente. Razão anulando vontades. Uma soma de anulações com efeito anti-inflamatório. E de tanto me anular, acostumei a ficar assim, feito carro alegórico em abril.





Nenhum comentário: