quinta-feira, 13 de novembro de 2014

para uma amiga

Não quero mais te ver chorando. Agora somos mais amigos ainda, pois me parece que o ser humano tem uma estranha e curiosa habilidade de se aproximar ainda mais na tragédia. Enfim, nos abraçamos e pegamos nas mãos um do outro como nunca havíamos feito nos dois últimos anos e meio. Seu sorriso ainda não voltou ao normal, caloroso e com ar debochado, mas me parece que o carinho com aqueles que a cercam continua mais aguçado do que nunca. Você, minha querida amiga, é a prova de que família a gente não escolhe e de que amizade não se paga com notas ou uma folha de cheque. As atitudes que tem feito, dia após dia, diante dos meus olhos, desde julho de 2012, são surpreendentes e me ensinam ainda mais sobre o amor, sobre compreender e aceitar diferenças, sobre a paz que pode brotar de onde menos se espera.

Um comentário:

Amanda Reis disse...

E eu, tão distante, senti parte. Também estive sentindo as mãos dela nas minhas durante várias orações. E existe amor. E fé. E por alguém que eu não conheço.