terça-feira, 1 de junho de 2010

apenas experimentado


tem vários dias que espero encontrar algum e-mail seu... vc já vai brigar comigo? Não seja malvado, eu não briguei com vc. O que aconteceu no domingo? Domingo é um dia longo, certamente o maior de todos. Ainda mais quando bate aquela sensação de que nunca haverá um inverno como o de 2009. É tão amargo, ainda mais com a Lua reforçando o que não se quer.

Quando tem lua como a de hoje é impossível não lembrar do seu sorriso. Muito engraçado vc me falar isso hj, na terça fui dar uma voltinha na rua e vi a lua, só veio vc na minha cabeça...Não sei se foi a lua ou seu sorriso, mas em uma dessas moradas encontrei uma porta aberta. Entrei. Lá dentro, duas janelas escancaradas, seus olhos, me chamando pra ficar. Tardes e manhãs como que deixando que deitássemos para sentir o silêncio invadir para que a paz parecesse duradoura. Vias de fuga, o banco, a sombra, a certeza...de nada.

Fugir, fugir, palavras e mãos como válvulas de escape, declaradas. E de vez em quando, bate esse domingo, uma sensação explicável de estar só...só enquanto eu respirar...só, diante de um inverno que ameaça ser distante...não deixe que seja assim. Só, diante do silêncio preferido como permanência. Nunca disse nunca, nem nunca mais, nem último encontro. Por isso és incrível. Mulher incrível, continua sendo. Doce, sábia, não sabe que no silêncio do domingo preferi um canto.

Depois de meses, deixei que os olhos escolhessem se queriam chorar ou não. Queria um canto, mas não encontrei o ideal. Queria um canto é um colo. Queria um canto, um colo e o silêncio para deixar que passasse o que me incomodava. Você sempre me disse que eu sabia lidar com as palavras, mas as suas deixam mais do que transparente que aquele sentimento nunca acabou, não foi substituído, pelo simples fato de não termos vivido, mas apenas experimentado a paixão.

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