quinta-feira, 11 de agosto de 2011

naquele


Naquele dia, deixei de ser feliz. Eu me aborreci bastante.
Por calcular (exageramente, sempre) que aquilo duraria duas ou três semanas, tirei algumas horas para iniciar a subida. Para não pensar, apenas me entristecer, sem foco. Chorar. Ser triste.
Durou menos, bem menos. Mas, não posso esquecer daquele...
Dos dias que ficaram pra trás depois, tinha a senha do seu nome caminhando todas as manhãs pelas teclas. A ideia de que o caminho era sim o mais bonito. A percepção das doçuras que trazia. A insistência de apostar de olhos fechados em ti. A notícia de amar verdadeiramente e ter nascido em meio a tanta morte - da alma, da casa, da calma.
A realidade de ter que entender que agora é o tal do não encontrar mais aqui quem aqui está.
Naquele dia, deixei de ser feliz. E, por gostar de ti, (muito, de ti) insisto em sonho.
Continuemos - ainda que sem tuas pernas.
Faço a sombra dos teus rastros e te enlaço as costas.
Caminhemos. Juntos. Eu e isto que ainda há.

4 comentários:

Lu Zani disse...

Jeito cativante de escrever, como sempre. Confesso que senti uma identificaçao gigantesssca com ele.
Escreva mais, Mandinha!
Beijo gigantesco

Anônimo disse...

Amandinha, simplesmente AMEI! bjs

Anônimo disse...

Gostei demaaaaaaaisss!!!

Amanda Reis disse...

Sete anos já passaram! Relendo, lembrei com esforço o motivo do texto. Você se lembra do que te levou a identificar-se com ele na época? Continue sensível, Lu! Super beijo!