quinta-feira, 28 de junho de 2012

Carta a um coração partido



Nessas manhãs, falando pra você, lembrando de mim, coincidentemente me apareceu esta canção. Eu não a conhecia, mas logo soube que ela podia ter saído era de mim!
É exatamente assim que me senti naquele tempo que alguns meses já arrastaram lá pro calendário velho, quando um reencontro trouxe a novidade: "já não sei mais se gosto de você ou se gostei".
"O quereres e o estares sempre a fim, do que em mim é de mim tão desigual..." (e aqui sem querer já mudei de canção) essa brincadeira cansativa de amar, querer, buscar e não receber, essa pressa de ter pressa de ser pressa e de não chegar...essa constância de uma mistura inconstante de angústias apressadas e sem fim...acaba.
E então "a saudade não vai maltratar um coração que não tem mais amor".
O que eu queria hoje, amiga, era te pegar pela mão e levar lá pro que me aconteceu. E eu te mostraria que sentir o suor do nada-poder-fazer por todos os poros que se tem, é um exercício de saber amar, mas também de saber ceder. Enquanto o outro lado aparentemente descansa, prepara-se um despertar - o tempo é sabedoria, ele não segue em vão - onde o desespero já não será seu. Aliás, será de quem não soube viver o amor. 
E então, não haverá olhar capaz de nos derreter. E aquelas lágrimas secaram, isso eu já pude ver. Não fabricarão palavras competentes a ponto de nos convencer; nem sonhos, contratos ou promessas dignos de nos reconquistar.  
E então, repito, "a saudade não vai maltratar um coração que não tem mais amor".


2 comentários:

Anônimo disse...

nem lágrimas nem corações inquietos serão os vilões da história. nunca.

Bruna Pazini disse...

Eu amei o texto, tanto quanto eu amo você!